quarta-feira, 11 de julho de 2012

UM OLHAR EVOLUTIVO DOS GENEROS ESPETPICHTHYS E POLYPTERUS

MORFOLOGIA E TAXONOMIA DA CLASSE ACTIOPTERYGIII - UM OLHAR EVOLUTIVO DOS GENEROS ESPETPICHTHYS E POLYPTERUS


Dentro da classe dos Actiopterygii, a família Polypteridae foi pouco estudada em termos evolutivos . Talvez uma árvore genética bem estruturada seja um passo importante para a caracterização desta espécie. Através de pesquisas feitas nas 12 espécies e subespécies conhecidas, usando analises do DNA mitocondrial, morfometria geométrica e reconstrução do estado ancestral foi possível reestruturar a árvore genealógica já existente.



Filo Osteichthyes

Descobriu-se, como esperado, diferenças entre o gênero Erpetoichthys e Polypterus, que se dão basicamente no corpo extremamente alongado e na falta das nadadeiras pelvidas do primeiro e a divisao de dois grupos taxonomicos levando em conta a posição do “queixo” no segundo.

Com base em 15 características anatômicas, tais como o comprimento do “queixo”, a localização e o tamanho dos olhos, surge uma possível relação entre a o Erpetoichthys e para. weeksi que cai por terra levando em conta análises genéticas. Que mostram que a pesar das semelhanças morfológicas , tratam-se de dois gêneros diferentes. Além disso, a ecologia de E. calabaricus completamente diferente do que Polypterus como que habita as zonas costeiras e estuarinas ao contrário de espécies Polypterus que habitam principalmente de água doce.


Uma forma encontrada para agrupar as espécies foi o número de vértebras, a posição da mandíbula e a presença de nadadeiras pélvicas conforme a tabela abaixo.




Levando em conta a analise genética e usando critérios de probabilidade onde para que se obtenha uma análise confiável é necessário um mínimo de no mínimo 95% (0,95) de certeza obteve-se a tabela abaixo e com ela é possível chegar a algumas conclusões:



Taxonomia do gênero Polypteridae.


Que o Poly mokelembembe é a espécie mais antiga dentre os polypterus, pois ela é a mais próxima do inicio da cadeia evolutiva. Conclui-se também que os Polypterus se dividem em dois grupos principais: No primeiro grupo (azul) encontram-se Poly b. bichir, Poly b. lapradei, Poly e. endlicheri, Poly ansorgii e Poly e. congicus que se relacionam pelo “queixo” alongado. No segundo grupo (Vermelho e roxo) encontram-se Poly delhezi, Poly para. polli, Poly s. senegalus, Poly para. buettikoferi, Poly teugelsi, Poly ornatipinnis,Poly weeksi e Poly retropinnis.

Ao analisar os dados da tabela concluímos que espécies com probabilidade de 93% (0,93)Poly b. bichir, Poly b. lapradei, Poly e. endlicheri, podem não pertencem ao ramo da árvore taxonômica em que estão colocados. O mesmo acontece com Poly congicus 2, 73%(0,73) e Poly delhezi, Poly para. polli, 94% (0,94).

OBSERVAÇOES IMPORTANTES :

O artigo pontua fatos importantes e muito interessantes.
* Como se deu a separação dos Erpetoichthys e dos Polypterus.
* Que antes da análise do DNA dos mesmos eles eram separados baseados no formato do seu corpo( o que é muito normal de se aceitar já que não existiam mecanismos na época)
* Acreditava-se que alguns polys eram mais antigos que outros na cadeia evolutiva( eu achava que os grandes polys eram mais antigos : Polypterus bichir lapradei, Poly bichir bichir, Polypterus ansorgii,Polypterus endlicheri congicus , Polypterus endlicheri endlicheri...a tabela dois mostra o contrário.Esta tabela leva em conta a análise genética que é mais precisa que a analise morfológica ( formato do corpo).
* Com a análise genética houve um novo agrupamento entre as espécies e subespécies.
* Mesmo com a análise genética existem margens para erros que ocorrem nas classes 93% (0,93) Polypterus b. bichir, Polypterus b. lapradei, Polypteruse. endlicheri, e Polypterus congicus 2, 73%(0,73) e Polypterus delhezi, Polypterus para. polli, 94% (0,94).

Esta parte final é interessante. Ela nos mostra que o estudo das espécies e subespécies dos polys ainda não esta definido. Por conta da margem de erro ( pequena mas ainda assim uma margem) podem existir surpresas no futuro.


Referencias : leitura e ponto de vista de Rafael Blangis do artigo : The mitochondrial phylogeny of an ancient lineage of ray-finned fishes (Polypteridae) with implications for the evolution of body elongation, pelvic fin loss, and craniofacial morphology in Osteichthyes.

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